terça-feira, 7 de novembro de 2017

Toronto Midnight: Capítulo 22 - Superhero

Você tinha um monte de bandidos tentando roubar seu coração. Nunca teve sorte, nunca realmente conseguiu entender como amar. Você teve um monte de momentos que não duraram para sempre. Agora você está no canto tentando entender como amar. 
Taylor's POV
-Você é uma vadia, não é mesmo? Agora que o Travis não está por perto, cadê sua pose de fodona? Você se acha muito foda, você devia começar a ter medo. Medo de perder o Justin pra mim, medo de mim. 
Ri na cara dela.
-Eu? Medo de você? Vai aproveitar que estou amarrada nessa cadeira, sem poder me defender, para fazer alguma coisa contra mim? Então vamos lá! Não aguento mais isso mesmo.
-Se eu for te matar, pode ter certeza que não vai ser tão rápido o quanto você deseja. -a garota estava mesmo achando que eu estava com medo? 
-Então ok. Faça o que quiser.
Justin's POV
-Dude, olha o tanto de seguranças nessa porra.
-Vamos chamar reforços, simples.
-Todos os nossos homens ficaram no Canadá, se você não percebeu, Justin.
-É só ligar pra companhia de segurança e pedir os seguranças daqui, ué! Meu Deus, será que você não pensa, Za?
-Aaah... ta bom.
Ligamos para a companhia e depois de quinze minutos, os cem seguranças que pedimos apareceram.
-Seguinte, nós vamos invadir. Matem qualquer um que nos impedir de chegar até a Taylor, não importa se ele for Barack Obama. E outra, não deixem ele fugir, muito menos com a minha mulher junto. Entendidos? -passei as instruções para eles e assentiram.- Vamos lá. -disse pegando minha arma.
Invadimos e matamos todos que ameaçaram cruzar meu caminho. 
-E agora, caralho? Onde eles estão?
-VAMOS LÁ, VADIA! NÃO VAI MAIS ABRIR SUA BOCA? -a voz de Katherine.
Segui os gritos dela e cheguei à porta de um porão. Fiz sinal para que Ryan me acompanhasse caso precisasse. Girei a maçaneta da porta devagar, tentado fazer o mínimo de barulho possível.
-VOCÊ CHEGA E ROUBA O MEU HOMEM E AINDA QUER SE PAGAR DE FODONA, ACHA QUE ISSO VAI MESMO FICAR ASSIM? -Katherine berrou e lançou um tapa no rosto de Taylor, que estava amarrada sem nem poder se defender.
-MAS QUE PORRA VOCÊ ACHA QUE TA FAZENDO? -gritei para que ela percebesse que eu estava ali.
Taylor's POV
-MAS QUE PORRA VOCÊ ACHA QUE TA FAZENDO? -ouvi Justin gritar e levantei minha cabeça, abrindo um sorriso. Finalmente, finalmente aquilo ia acabar.
-Justin... -a Vadiatherine abriu a boca, mas só conseguiu falar isso.
Justin olhou pra mim. Droga, eu devo estar horrível! A puta de esquina estava me batendo já há meia hora. Eu sentia meu lábio e minha testa escorrendo sangue, sentia minhas bochechas arderem com cada tapa e meu olho inchar por causa do soco que ela me deu. Justin veio até mim com certa pressa. Ele me desamarrou e meus pulsos tinham as marcas das cordas. Ele me pegou no colo e me levou até Ryan.
-Bro, tira ela daqui, tenho algumas coisinhas para falar com a Katherine. -disse para Ryan.- Não se preocupe, eu prometo que vou cuidar de você. -beijou minha testa com cuidado. É só você ser sequestrada e levar uma surra que Justin Bieber é abduzido por aliens.
-Você está bem? -Ryan me perguntou assim que me deitou no sofá da sala. Detalhe: todo mundo daquela maldita casa já tinha vazado. Prefiro pensar assim, porque se eu for usar a realidade, vou dizer que estão todos mortos.
-Jura que você está me perguntando isso? Eu estou com a cara toda estourada, aquela vadia ficou me batendo sem eu poder me defender... você acha mesmo que eu possa estar bem?
-Força do hábito. -ele disse e jogou as mãos pra cima, em forma de rendição.
Ri fraco. Se eu risse normalmente, eu provavelmente cuspiria sangue.
Justin voltou depois de um tempo e me pegou no colo de novo. Ele me levou pra fora daquela casa e me colocou dentro de um carro.
-Nós vamos embora agora. Prometo que isso nunca mais irá acontecer.
-A culpa não foi sua, você sabe disso. Você sabe que não tem culpa daquele idiota ter inveja de você. Sabe né, inveja por estar com uma mulher tão perfeita como eu. -ele riu.
-Você apanhou pra caralho e ainda continua fazendo piadinhas?
-Apanhei porque não tive como me defender.
-Mas isso não vai ficar assim, sabe disso não é?
-Eu sei que não vai ficar. Por mim, eu já teria mandando a vadia para dar um oizinho para o diabo. Você não a matou, não é? Porque eu mesma quero fazer isso.
-Eu sei, por isso deixei ela viva.
-Tudo bem. Agora vou ficar quieta porque se eu disser mais alguma palavra, é capaz de eu cuspir meus órgãos para fora. -ele riu fraco e assentiu.
Fomos de carro até um aeroporto, onde pegamos um jatinho de volta para Toronto.
Nem sei quanto tempo demorou até eu cair no sono, mas dormi a viagem inteira.
Justin's POV
Ela estava acabada. Eu também estaria. Ela apanhou sem nem poder se defender. Mas tudo bem, eu sei que ela irá se vingar de Katherine. Na boa, já disse que a minha mulher é foda?
Chegamos em Toronto e Taylor estava dormindo. Pela primeira vez na vida, senti pena. Senti pena de ter que acordá-la sendo que ela está nesse estado. Peguei ela no colo e saí do jatinho com ela.
Taylor's POV
Acordei e já estava na casa de Justin. Fui tentar levantar da cama dele e quase caí. Me apoiei na beirada da cama para ficar completamente em pé. Por Cristo, minha cabeça dói. Dói muito.
Justin saiu do closet sem camisa. Deus, posso estar com a cara e o corpo todo arrebentado... mas qual é! Esse homem é um Deus.
-Tudo bem? -ele perguntou chegando mais perto.
-Jura que você está me perguntando isso? -falei pra ele a mesma coisa que falei para Ryan. Ele riu.
-OK, esquece.
-Ai que dor! -disse colocando a mão na testa.
-Não rela nisso aí, tem que fazer curativo.
-Ta bom! -disse levantando minhas mãos em rendição.
Ele pegou a caixinha de primeiros socorros e fez todos os curativos que precisava. Onde está o verdadeiro Justin Bieber?
-Obrigado. -disse assim que ele terminou.
Talvez ele não fosse o monstro que todos pensam. Talvez ele fosse um super herói.
-Por nada. -me deu um selinho. Suspirou pesadamente e continuou a falar.- Taylor... eu.. preciso te falar uma coisa.
-Claro.
-Eu te amo. -ele disse olhando em meus olhos.
Meu coração começou a bater mais rápido e minha respiração ficou mais falha.
Só consegui dizer:
-Justin, eu também te amo.

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